quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música e Quarteto Arditi — 28 de Outubro de 2012, FCG


(Review in English below)

A Fundação Gulbenkian trouxe-nos, no seu ciclo das Grandes Orquestras, a Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música que nos apresentou trabalhos de Stravinsky, Dusapin e Bartók.


De Igor Stravinsky foi tocada a peça Sinfonias de instrumentos de sopro, obra dedicada a Debussy, que foi composta entre 1918-20 e que teve uma revisão em 1947. O maestro Emilio Pomàrico fez questão de dedicar a execução da peça ao seu amigo e recentemente falecido compositor Emanuel Nunes.

De Pascal Dusapin ouviu-se Quatuor VI, Hinterland, para quarteto de cordas e orquestra. Esta peça tem uma forma pouco convencional, uma vez que inclui um quarteto de cordas a acompanhar a orquestra. Foi composta entre 2008-09, após estímulo do primeiro violinista do Quarteto Arditi, o mesmo que se apresentou na FCG.


Finalmente, de Béla Bartók ouviu-se o Concerto para orquestra, Sz. 116, composição em 5 andamentos composta em 1943 já quando o compositor se encontrava doente e exilado nos EUA após declarações públicas contra o regime pro-hitelariano húngaro. Esta peça dividiu e continua a dividir os críticos, havendo quem a considere uma das obras-primas do compositor, outros que a associam à sua decadência artística.


Assistiu-se a um concerto com um programa pouco habitual nos reportórios de concerto das principais orquestras, mas com vários motivos de interesse particulares, dos quais destacamos o Quatour de Dusapin mais pela sua forma original do que pela qualidade comparada com as restantes obras interpretadas. A Orquestra Sinfónica do Porto e o Quarteto Arditi apresentaram-se em bom plano, bem conduzidos pelo simpático maestro e compositor argentino Emilio Pomàrico.

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(Review in English)

The Gulbenkian Foundation has brought us, integrated on its cycle of the Great Orchestras, the Symphony Orchestra of Porto Casa da Música that introduced us works of Stravinsky, Bartók and Dusapin.

Igor Stravinsky’s piece was Symphonies of wind instruments, dedicated to Debussy piece, which was composed between 1918-20 and had a revision in 1947. The maestro Emilio Pomarico made a point of dedicate the execution part to his friend and recently deceased composer Emmanuel Nunes.

From Pascal Dusapin we heard Quatuor VI, Hinterland, for string quartet and orchestra. This piece has an unconventional form, since it includes a string quartet to accompany the orchestra. It was composed between 2008-09, after stimulus of the first violinist of the Quartet Arditi, the same that has presented in the FCG.

Finally, of Béla Bartók we heard the Concerto for Orchestra, Sz. 116, composition in 5 movements composed in 1943 when the composer was already ill and in exile in the U.S. after public statements against the pro-Hitler Hungarian regimen. This piece divided and continues to divide critics, with those who consider it one of Bartók’s masterpieces, others relating it to his artistic decline.

We have witnessed a concert with an unusual program in concert repertoires of major orchestras, but with various particular motives of interest, of which we highlight the Dusapin’s Quatour more by its original form than by the quality compared to the other works. The Symphony Orchestra of Porto and Arditi Quartet presented in good plan, well conducted by friendly Argentinian conductor and composer Emilio Pomarico.

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