sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

SYLIVA, Royal Opera House, Londres / London, Dezembro / December 2017

(text in English below)

O bailado Sylvia com coreografia de Frederick Ashton e música de Léo Delibes numa produção de Christopher Newton, dançado pelo Royal Ballet, esteve em cena na Royal Opera House de Londres.

Dirigiu a orquestra o maestro Simon Hewett.



É um bailado dançado de forma clássica, de grande beleza visual e artística, numa atmosfera idílica como é habitual no ballet clássico.



De entre os solistas, Natalia Osipova (Sylvia) e Vadim Muntagirov (Aminta) foram absolutamente excepcionais. Também dançaram ao mais alto nível Ryochi Hirano (Orion), Fernando Montaño (Eros) e Claire Calvert (Diana).








Um regalo para os olhos e ouvidos.



SYLIVA, Royal Opera House, London, December 2017

The ballet Sylvia with choreography by Frederick Ashton and music by Léo Delibes in a production by Christopher Newton, danced by the Royal Ballet, was on stage at the Royal Opera House in London.

Maestro Simon Hewett conducted the orchestra.

It is a ballet danced in a classic way, of great visual and artistic beauty, in an idyllic atmosphere as is usual in classical ballet.

Among the soloists, Natalia Osipova (Sylvia) and Vadim Muntagirov (Aminta) were absolutely exceptional. Ryochi Hirano (Orion), Fernando Montaño (Eros) and Claire Calvert (Diana) also danced to the highest level.


A gift to the eyes and ears.

sábado, 23 de dezembro de 2017

O QUEBRA NOZES / THE NUTCRACKER, Royal Opera House, Londres / London, Dezembro /December 2017

(text in English below)

Este blogue é dedicado à ópera mas aqui fica mais uma breve incursão dupla no ballet nesta época festiva do ano.

O bailado O Quebra Nozes com música de P. I. Tchaikovsky e coreografia de Peter Wright segundo Lev Ivanov esteve em cena na Royal Opera House de Londres em mais uma produção do Royal Ballet.

Dirigiu a orquestra o maestro Paul Murphy



Numa abordagem convencional, é um espectáculo de grande beleza artística com frequentes mudanças de cenário e grande colorido em palco. 



De entre os muitos bailarinos presentes, dançaram os papéis principais Francesca Hayward (Clara), Alexander Campbell (Hans-Peter), Marianela Nuñez (Fada) e Vadim Muntagirof (príncipe). O grande pas de deux dos dois últimos, no 2º acto, foi notável.







Um espectáculo muito agradável.



THE NUTCRACKER, Royal Opera House, London, December 2017

This blog is dedicated to the opera but here is another brief foray into the ballet this festive season of the year.

The Nutcracker with music by P. I. Tchaikovsky and choreography by Peter Wright according to Lev Ivanov was on stage at the Royal Opera House in London in another production of the Royal Ballet.

Maestro Paul Murphy conducted the orchestra.

In a conventional approach, it is a show of great artistic beauty with frequent changes of scenery and rich color on stage. Among the many dancers present, the soloists were Francesca Hayward (Clara), Alexander Campbell (Hans-Peter), Marianela Nuñez (Fairy) and Vadim Muntagirof (Prince). The great pas de deux of the last two, in the second act, was remarkable.


A very pleasant performance.

sábado, 16 de dezembro de 2017

TURANDOT, METropolitan Opera, Nova Iorque / New York, Novembro / November 2017

(review in English below)

A ópera Turandot de G. Puccini já foi várias vezes comentada neste espaço, pelo que me limitarei a uma breve apreciação do espectáculo em cena na Metropolitan Opera.



A velhinha encenação de Franco Zeffirelli, muito datada e vistosa, ainda desencadeia aplausos quando a cortina abre nos diferentes actos.




A direcção musical, excelente, foi desta vez de Carlo Rizzi e a orquestra e coro estiveram ao mais alto nível.



Já em relação aos cantores solistas, não se pode dizer o mesmo. O tenor letão Aleksandrs Antonenko foi o Calaf da noite. Tem uma voz excessivamente nasalada que torna o timbre algo estranho e a interpretação vocal não brilha. Começou mal mas foi melhorando ao longo da récita, nunca atingindo um nível de excelência. Em cena é sempre muito estático, o que não favorece a interpretação.



A veterana soprano sul-coreana radicada há muito nos EUA Hei-Kyung Hong foi a Liù, e cantou apenas nesta récita. Está longe do seu auge vocal mas, ainda assim, foi a melhor da noite, com uma interpretação muito credível. A voz é suave e mantém um timbre bonito, embora a cantora faça um ruído excessivo na inspiração quando canta. No final foi a mais aplaudida e agraciada com vários ramos de flores.



A soprano ucraniana Oksana Dyka foi uma Turandot elegante em palco, mas com uma voz de timbre excessivamente agudo, roçando sempre a estridência, embora bem audível sobre a orquestra. A encenação não lhe permite grandes movimentações cénicas interpretativas.




O baixo búlgaro Giorgi Kirof estreou-se neste teatro com o Timur. Tem uma voz respeitável, sobretudo no registo grave, mas nem sempre foi bem ouvido.




Alexey Lavrov (Ping), Tony Stevenson (Pang) e Eduardo Valdes (Pong) formaram um trio homogéneo e de bom nível na interpretação vocal e cénica (nesta encenação os únicos com espaço para o fazerem).



Ronald Naldi (Emperador Altoum) e Jeoncheol Cha (mandarim) estavam colocados no fundo do palco e, embora bem caracterizados, mal se ouviram nos seus pequenos papéis.






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TURANDOT, METropolitan Opera, New York, November 2017

G. Puccini's opera Turandot has been commented several times in this blog, so I will limit myself to a brief appreciation of the show on stage at the Metropolitan Opera.

Franco Zeffirelli's old-fashioned, very dated and eye-catching production, still unleashes applause when the curtain opens on different acts.

The musical direction, excellent, was this time by maestro Carlo Rizzi and the orchestra and choir were at the highest level.

As for solo singers, the same can not be said. Latvian tenor Aleksandrs Antonenko was the Calaf of the evening. The singer has an overly nasal voice that makes the timbre something strange and the vocal interpretation does not shine. He had a bad start but improved throughout the performance, never reaching a level of excellence. On stage he was always very static, which does not favor interpretation.

Veteran South Korean soprano long settled in the US Hei-Kyung Hong was Liù, and she sang only in this recital. She is far from her vocal peak but, nevertheless, she was the best of the night, with a very credible interpretation. The voice is soft and keeps a beautiful timbre, although the singer makes an excessive noise in the inspiration when she sings. In the end she was the most applauded and graced with several bouquets.

Ukrainian soprano Oksana Dyka was an elegant Turandot on stage, but with an overly loud upper range timbre, rubbing the strident, though always audible over the orchestra. The staging does not allow her great interpretive scenic movements.

Bulgarian bass Giorgi Kirof debuted in this theatre with Timur. He has a respectable voice, especially in the low register, but he was not always heard over the orchestra.

Alexey Lavrov (Ping), Tony Stevenson (Pang) and Eduardo Valdes (Pong) formed a homogeneous and good trio in vocal and scenic performance (in this staging the only ones with room to do so).

Ronald Naldi (Emperor Altoum) and Jeoncheol Cha (Mandarin) were placed at the bottom of the stage and, although well characterized, they were hardly heard in their small roles.


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